Quando falamos em interface de uma ferramenta que se propõe a substituir uma anterior existente, é inevitável fazer comparações e buscar as novidades visuais e operacionais oferecidas. Neste caso, vamos falar especificamente sobre a nova interface do Google Analytics, que chega na sua versão 4.
Depois de 15 anos desde o lançamento da sua primeira versão, a ferramenta mais popular do mercado de análise de dados para site, agora vem com uma modelagem totalmente renovada em seu layout e na sua usabilidade, focando na integração de ambientes (web e app) e nas principais necessidades dos profissionais que se dedicam ao seu uso no dia a dia.
Assim como no Universal analytics, a Home do Google analytics 4 possui uma interface de cards com os principais KPI’s. No entanto, no GA4 o ambiente deixa de ser um mero resumo de dados fixos e passa a ser um gerador de insights através de Machine Learning, a fim de trazer agilidade na identificação de problemas e oportunidades de uma forma mais visual. São exibidos por exemplo, uma área de relatórios recentes, o que facilita a visualização dos principais relatórios utilizados pelo usuário.
Como o foco da ferramenta está em gerar informação de forma ágil, o usuário consegue obtê-las também por meio dos Cards de Insights, no ícone (superior direita) e pela Caixa de Pesquisa. O Google Analytics 4, possui dois tipos de Insights:
A Caixa de Pesquisa é uma das grandes mudanças que que o Google implementou e que vai mudar a forma que o usuário irá buscar informação, onde conforme você digita, o Google Analytics dá sugestões para ajudar a encontrar informações, marcando em negrito a parte sugerida do texto. Com ela você pode:
No quesito de relatórios gerados pelo Google Analytics, é onde temos as maiores mudanças feitas pelo GA4, buscando facilitar principalmente o cruzamento de informações. São elas:
Com a função Adicionar Comparação, o GA4 facilita na segmentação e avaliação de subconjuntos dos dados para comparação, isso através de condições baseadas em dimensões e valores. Dessa forma não serão necessárias a criação de segmentos e a aplicação de filtros que utilizávamos nas propriedades do Universal Analytics.
Assim como na versão Universal, as tabelas permanecem nos relatórios do GA4, mas com um visual muito mais intuitivo para a filtragem ou cruzamento dos dados. A barra de avançado e dimensão secundária dão lugar para a caixa de pesquisar e o botão de adicionar (+), o que facilita em muito o dia a dia de analistas de dados. Além disso a barra de linhas e páginas foi colocada na parte superior da tabela, facilitando a troca de páginas sem precisar rolar quando nos deparamos com uma tabela de 5000 linhas.
A liberdade em personalizar os relatórios foi a grande mudança na interface dos relatórios, priorizando as necessidades de visões e informações que o usuário deseja. Isso permite, por exemplo, que consigamos adicionar, alterar e excluir cards de gráficos ou tabelas. Além de visualizar, analisar e cruzar diferentes dados em uma única tela, dando fim ao trabalho de olhar diversas telas abertas no browser.
Um ponto de atenção é que o usuário necessita possuir o papel de Editor na propriedade para personalizar os relatórios e cada propriedade pode ter até 150 relatórios personalizados.
Em geral podemos dizer que se as discussões de UX são tão importantes para o mercado de desenvolvimento e tecnologia, aqui fica bem claro que o Google pensou uma nova plataforma não apenas do ponto de vista técnico, com as mudanças nas coletas de dados atualmente existentes, mas também focou em dar liberdade e agilidade para seus principais consumidores, que são analistas, especialistas e cientistas de dados que usam diariamente a ferramenta como principal meio de trabalho. A autoridade aqui fica nas mãos destes profissionais que irão explorar e potencializar ainda mais as entregas possíveis que o Google Analytics poderá oferecer em sua nova e aguardada versão.
Esse artigo foi escrito pelos Analista de Dados Sênior: Florilson Santana e Moyses Nunes.