O mundo parou.
Em poucos meses, o COVID-19 chegou ao Brasil e, em questão de semanas, portas de empresas fecharam, mercados lotaram, máscaras viraram comuns e todos nós precisamos começar a dar banho em sacos de arroz chegando do mercado. Atípico.
Houve um processo de adaptação. O trabalho já não era mais o mesmo. Educação tampouco. Lazeres, então? Se tornou necessário que todos ficássemos em casa.
É claro que tudo isso interferiu no mercado (e nem vamos entrar no mérito da Bolsa de Valores em queda livre e do dólar a quase R$6,00):
Por um instante, pensamos que o mundo havia parado. Não parou. Ele continuou a todo vapor, mas de dentro de casa. As pessoas ainda buscam conhecimento (e buscam mais do que antes), querem aproveitar esse tempo em casa para aprender e produzir. Não é à toa que o segmento de plataformas EaD foi um dos que apresentou maior crescimento de demanda no período.
O mundo mudou, e por essa razão devemos nos adaptar para receber o consumidor em seu mais novo modo prioritário de consumo: online.
Saiba mais sobre as mudanças nos interesses de busca na web.
Tendências de busca no segmento de Educação
Até antes do isolamento social, o ensino à distância era considerado por muitos apenas uma alternativa ao método presencial. Uma opção viável para quem precisava assistir aulas lecionadas em outros estados, sem a necessidade de deslocamento, por exemplo. E, de acordo com o artigo publicado no site World Economic Center, as mesmas instituições tradicionais que viam a educação online como uma ameaça, hoje, estão sendo obrigadas a utilizar este recurso como solução emergencial.
Ainda que temporárias, essas medidas emergenciais certamente terão impactos a longo prazo, muito além do período de isolamento atual. “O apetite de estudantes por ofertas online crescerá por causa do COVID-19. Mesmo antes da pandemia, muitas universidades vinham percebendo declínios em inscrições para programas presenciais e, em paralelo, crescimento na captação de seus cursos online”, revela o artigo.
Segundo o relatório "Impacto nos Hábitos de Compra e Consumo", publicado pela Opinion Box, 79% dos adultos estão preocupados com a educação dos filhos neste período. Essa preocupação pode ser traduzida em oportunidades para plataformas que já operavam no ambiente digital antes do coronavírus, pois representam autoridades no ensino à distância, já que têm as aulas online como formato nativo.
Ainda de acordo com a Opinion Box, o consumo de conteúdo em plataformas EaD cresceu cerca de 18% nas últimas semanas. Esse crescimento também pode ser observado nas tendências de pesquisa na web, conforme indicam os dados do Google Trends:
Busca por “educação à distância”:
Busca por “curso online”
Busca por “estudar em casa”
Essas novas tendências de consumo não estão limitadas à educação básica. Cursos profissionalizantes e hobbies também estão inclusos nesta nova realidade.
Alguns dos termos de busca com aumento de interesse (Google Trends):
- “curso online Harvard” +250%
- “curso de maquiagem online grátis” +250%
- “curso de inglês online grátis” +120%
- “curso de matemática online” +70%
- “cursinhos pré-vestibular online” +70%
- “aplicativo aula online” +250%
Diante deste cenário, como plataformas de ensino online podem aproveitar o aumento de interesse nos serviços que ofertam?
Vale lembrar que com o aumento na demanda a competição tende a ficar ainda maior. Já é possível observar essa tendência, inclusive, em buscas informativas, por exemplo, “como dar curso online?” (+90%), sinal de que além das instituições tradicionais, profissionais liberais também estão de olho nas oportunidades emergentes deste período. Por isso, é fundamental planejar ações a médio e longo prazo para não perder espaço no mercado.
5 Dicas para destacar-se nas pesquisas por educação online:
- Ter um site preparado pra receber seu público é crucial. Primeira impressão: Meta tags. Redija um título e descrição atraente, que interesse às pessoas que procuraram por aquilo, e não esqueça de inserir um CTA (call to action).
- Apesar do “tempo sobrando” durante a quarentena, os usuários não gostam de esperar. Segundo estatísticas, 53% do público abandona uma página que não carrega dentro de 3 segundos. Por isso, otimize sua plataforma! Imagens pesadas, vídeos e GIFs mal inseridos são alguns fatores que podem ser culpados pela lentidão do seu site, além da utilização abusiva de JavaScript, problemas de servidor e por aí vai.
- Após um acesso rápido ao seu site, o consumidor deseja visualizar conteúdos interessantes. Levante pautas atuais, atenda pesquisas em alta, escreva um conteúdo relevante, informativo e interessante para o seu público. Por exemplo, se o hábito de estudo remoto é recente, por que não ajudar os consumidores a fazer essa transição de forma mais suave? Conteúdos com dicas de estudo são uma excelente oportunidade, conforme gráfico abaixo:
Interesse de busca por “como estudar em casa?”, Google Trends.
- Crie páginas completas para cada uma de suas ofertas. Descreva os cursos e formas de contratação, acrescente benefícios, depoimentos, duração das aulas e qualquer outra informação relevante para seu target. Cada busca é feita com uma intenção diferente, por isso é fundamental adaptar seu site para responder de forma personalizada a cada uma delas.
- Pense no cenário pós-coronavírus: como as pessoas pesquisarão por seus conteúdos? Como o fim do isolamento social impactará novamente nos hábitos de estudo? Explore as possibilidades e crie conteúdos otimizados desde já. Assim, você estará alguns passos a frente dos novos concorrentes.
Devo contratar SEO?
Se pareceu difícil, fique calmo: SEO pode te ajudar.
A disciplina tem como foco o tráfego de pesquisa orgânico (não-pago) e, por isso, é uma das principais responsáveis por entregar resultados qualificados para buscas em grandes motores como o Google e o YouTube.
Cada setor funciona de maneira diferente, portanto cada público deve ser observado considerando suas necessidades e desejos. Consequentemente, o conteúdo nos sites deve se basear nestes diferenciais, explorando da melhor forma todas as vantagens da organização e do negócio.
De acordo com Alexandre Kavinski, sócio fundador da i-Cherry, as empresas que têm oportunidades e estão crescendo neste momento devem reforçar as estratégias e acelerar seus processos – sempre com consciência e muita empatia pelos colaboradores e consumidores. “A crise não vai durar para sempre e quem estiver mais preparado lá do outro lado vai com certeza ter muito mais oportunidades que aqueles que não se prepararam aumentando as chances de ganho de mercado”, explica o gestor.
Por tudo isso, SEO é, mais do que nunca (e sem prazo para deixar de ser), uma competência fundamental para se destacar entre as instituições de ensino online.
Saiba mais sobre as tendências de SEO para 2020.
Referências: