A evolução no digital, para profissionais e clientes.
Adriano Nadalin – CEO i-Cherry
A i-Cherry nasceu de uma grande evolução da popularização do search e foi pensada para se dedicar a isso. Apesar do nosso fundador, Alexandre Kavinski, já ter identificado o potencial do search mesmo antes do Google ser fundado, foi na evolução dessa disciplina que nos originamos. E o que mudou? Muita coisa! Surgimos para nos dedicar a uma disciplina e outras oportunidades foram aparecendo, como a chegada do Facebook e sua popularização que inaugurou uma área de mídia em sites de social. Em paralelo veio o smartphone que virou item indispensável para mais de 5 bilhões* de pessoas no mundo, hoje sua navegação supera a de desktop.
Naquele momento a necessidade de ter um time especialista em digital era um diferencial para que fosse possível ter dedicação total e evoluir rápido nessas áreas, que eram tão novas e ainda desconhecidas pelo mercado.
Com a parte técnica minimamente madura, passamos a ver cada vez mais ofertas integradas e times multidisciplinares ganharem força. Antes, fazia sentido ter o time de mídia offline e marketing digital separados, agora não dá mais para tratar os clientes e consumidores da sua marca separando o online do mundo "físico".
A complexidade aumenta a cada dia e une especialistas com as necessidades de cada negócio, pois é isso que trará resultado de fato. Os pontos de contato da marca com o cliente são cada vez mais frequentes e as soluções e tecnologias precisam aparecer e evoluir rapidamente. Temos modelos de atribuição cada vez melhores, inteligência artificial, integração de plataformas, uso de big data, exemplos de toda essa evolução.
O que mudou, tanto para clientes como para profissionais, foi a gestão e o aproveitamento dessa complexidade. A grande oportunidade quando surge uma nova tecnologia é que sempre gera negócio e possibilidades de carreira. Se falarmos de algo que ainda está no começo, há uma complexidade e incerteza de como usar e adaptar à nossa realidade, e quais mudanças trará no mercado. Um exemplo disso atualmente é a inteligência artificial.
Em Maio desse ano participei do Stream, um evento promovido pela WPP, cujo tema era “machine teaching”. A discussão era: se as máquinas aprendem e executam tarefas, quem ensinaria elas? A conclusão foi de como isso tem gerado oportunidade de trabalho para profissões que, até o momento, poderiam ter sido pouco valorizadas. Esses insights nos trazem para o desafio de contratar as pessoas certas. Por isso focamos cada vez mais em encontrar perfis que acreditamos ter sinergia com o nosso negócio - e isso está acima do conhecimento técnico.
Profissionais com forte aptidão para trabalhar em equipe e colaborar, por exemplo, são fundamentais, uma vez que raramente teremos em uma mesma pessoa a capacidade técnica de entender sobre negócios, tecnologia e análises com a profundidade necessária. Alguém que esteja em uma dessas posições e que saiba colaborar para construir a solução de um problema ou desafio com os outros pilares tem um valor enorme para as empresas.
O profissional ideal seria alguém que entende de tecnologia, negócios, análise de dados, sem deixar de ser criativo - impossível encontrar alguém assim, não é mesmo? Por isso acredito que o profissional ideal é aquele que entende muito bem de uma disciplina e se comunica, colabora e procura entender a necessidade das outras frentes.
Na minha carreira, me beneficiei bastante em investir tempo aprendendo e aplicando o conhecimento de analytics. Havia uma lacuna de conhecimento na área em todas as empresas em que passei e acredito, pessoalmente, que ainda é a área com o maior espaço para crescimento profissional. Existe um infinito de oportunidades para quem entende de uso e análise de dados, estatística, web analytics. Isso está além da formação publicitária, há diversas profissões que se encaixam atualmente na i-Cherry: temos economistas, matemáticos, estatísticos e até mesmo psicólogos. Acreditamos na pluralidade das disciplinas e na somatória dos conhecimentos, extraindo que há de melhor de cada frente. A sabedoria em coletar, organizar e disponibilizar esses dados têm papel central e mesmo com uso de algoritmo e inteligência artificial desses dados, a aplicabilidade se estende para todas as áreas - quem é criativo vai usar para criar, quem é de negócios vai usar para tomar decisões e, no fim, todas as áreas se beneficiarão da grande quantidade de informações que temos disponíveis.
*Informação: Relatório da União Internacional de Telecomunicações, UIT.