A publicidade digital sempre foi um jogo de tomada de decisão: quais palavras-chave ativar, qual mensagem testar, qual público priorizar. Mas, em 2025, com a chegada do Google Ads AI Max, o Search deixa de ser apenas uma estratégia baseada em regras para se tornar um sistema vivo, capaz de interpretar intenção, linguagem, contexto e comportamento, tudo em alguns milissegundos.
Agora, dá pra dirigir uma campanha com um copiloto experiente ao seu lado, antecipando curvas, ajustando rotas e identificando atalhos que você sequer enxergaria sozinho.
Mas nenhuma mudança desse tamanho chega sem provocar desconforto. O AI Max promete escala, eficiência e novas conversões, mas também levanta dúvidas reais sobre controle, incrementalidade, volatilidade de custo e riscos de correspondências exageradas. É um recurso poderoso, mas que exige maturidade estratégica, metodologia e vigilância constante.
Neste conteúdo, você vai entender exatamente como o AI Max funciona, por que ele existe, como ele influencia sua estrutura de Search e como usá-lo sem perder controle, explorando tanto o potencial quanto as armadilhas.
E, principalmente, como a i-Cherry transforma essa inteligência em resultados mensuráveis, com segurança e responsabilidade de negócio.
O Google Ads AI Max é a nova camada de inteligência avançada aplicada às campanhas de pesquisa. Não é um novo tipo de campanha e também não cria um formato novo de anúncio, ele potencializa o Search que você já conhece, adicionando capacidades de interpretação, expansão e personalização que antes dependiam exclusivamente do analista ou de longas rotinas de otimização manual.
Funciona como um copiloto de IA que observa o comportamento das buscas, aprende com as suas páginas, combina sinais em tempo real e ajusta como o anúncio será exibido e para quem. Ele amplia o alcance, aumenta a relevância da mensagem e melhora a chance de conectar sua solução à intenção correta.
Ele aprende com cada clique, cada consulta, cada página do seu site. Revisa suas estruturas, lê suas landing pages, avalia suas combinações de anúncios e começa a identificar padrões, aqueles que elevam a performance e aqueles que drenam orçamento.
Se o PMax inaugurou a automação total na mídia, o AI Max inaugura a automação consciente: uma IA que não substitui o analista, mas impulsiona sua capacidade de leitura, ajuste e alcance.
Ao invés de limitar as campanhas somente aos termos que você configurou, o AI Max passa a identificar oportunidades que ficariam invisíveis para estratégias tradicionais, especialmente quando a dinâmica das buscas muda rápido demais.
Ele analisa consultas emergentes, novas formas de escrever um mesmo conceito e correlações semânticas difíceis de mapear manualmente, tudo enquanto tenta otimizar seu custo e maximizar o volume de conversões.
Vale ressaltar que essa ferramenta não busca substituir o analista de mídia. Trata-se de elevar sua capacidade estratégica, liberando-o das tarefas repetitivas e aumentando o impacto do Search num cenário em que os comportamentos de pesquisa ficam mais fragmentados, fluidos e imprevisíveis.
Uma confusão comum é achar que o AI Max é um “Performance Max do Search”. Mas não é isso que o Google pretende e essa distinção é crítica.
Enquanto o Performance Max é um formato novo e fechado, o AI Max é um upgrade das campanhas que já existem. Ele não substitui suas palavras-chave, estruturais ou criativos, ele opera por cima delas. É uma camada adicional que expande, conecta e interpreta, mas sem esconder do analista o que está acontecendo.
O AI Max mantém as bases do Search (relatórios, extensões, segmentações, lances) e apenas adiciona uma inteligência que reorganiza parte do processo. Um Search turbinado, não reinventado.
Isso importa porque:
Em resumo: não é preciso recomeçar do zero. O AI Max atua como uma evolução natural da sua estratégia de pesquisa, não como um planeta novo.
Porque o comportamento de busca mudou e mudou rápido. Hoje, usuários pesquisam de formas muito mais variadas, combinando linguagem coloquial, dúvidas complexas, voz, imagens, contexto e intenção difusa. A velha lógica de “palavra-chave exata + anúncio estático + página fixa” não acompanha mais esse ritmo.
O Google precisava de um sistema capaz de interpretar a intenção em consultas cada vez mais nebulosas, reduzir o tempo entre a dúvida e a resposta, melhorar a correspondência entre o que o usuário realmente quer e o que o anunciante entrega, aumentar o volume de inventário de Search diante da estagnação de buscas tradicionais e ainda competir com plataformas que já operam em arquitetura “AI-first”.
Então o AI Max surgiu como resposta a esse novo cenário: um Search mais interpretativo, contextual, adaptativo e, principalmente, alimentado por IA generativa e aprendizado profundo.
Para o Google, é uma forma de manter a relevância do Search. Para o anunciante, é a chance de acessar um volume de oportunidades invisíveis pela lógica antiga.
Leia também:
O AI Max funciona como uma camada de inteligência que lê, interpreta e conecta sinais. Ele não depende apenas das palavras-chave configuradas, mas de tudo o que o Google sabe sobre o usuário, o contexto da busca e o conteúdo do seu site.
Na prática, o sistema opera em três frentes simultâneas: interpretar intenção, criar combinações inteligentes e escolher automaticamente o melhor caminho de conversão.
Para entender quais consultas são relevantes para a sua campanha, o AI Max cruza dezenas de sinais em tempo real. Ele não olha só para a palavra-chave digitada, mas para o que ela representa.
Entre os sinais analisados estão:
Em vez de tentar encontrar uma correspondência exata para cada termo definido pelo analista, a IA tenta identificar qual necessidade a consulta representa.
Exemplo: se sua palavra-chave é “curso de marketing digital”, o AI Max pode identificar intenções associadas como: “como aprender marketing do zero”; “como mudar de carreira para marketing” ou “curso com certificado de marketing on-line”.
O objetivo é capturar oportunidades relevantes que não estariam mapeadas manualmente, especialmente quando o usuário pesquisa de forma mais conversacional.
Depois de entender a intenção, o AI Max passa para a segunda etapa: combinar termos, contextos e variantes semânticas para encontrar mais buscas úteis.
Essa é a parte que o Google chama de search term expansion. E é aqui que a automação ganha força. O sistema cria novas associações de termos relacionados; testa combinações que nunca foram configuradas manualmente; identifica clusters de intenção; elimina, sozinho, consultas que não geram valor e refina continuamente os padrões com base nos resultados.
É como se você tivesse milhares de palavras-chave “vivas”, evoluindo o tempo todo, e sempre visando a meta de conversão definida.
É também por isso que as campanhas sob AI Max podem entregar até 14% mais conversões com o mesmo CPA/ROAS (em alguns cenários, chegando a 27% para contas muito dependentes de correspondência exata).
A terceira etapa do processo é onde o AI Max realmente diferencia sua performance: ele decide qual anúncio exibir e qual página abrir para cada intenção.
Em vez de enviar todos os usuários para uma única landing page, o sistema analisa:
É o recurso conhecido como Final URL Expansion (FUE).
Exemplo: se você vende diversos modelos de óculos de sol, e o usuário pesquisa “óculos de sol para dirigir”, o AI Max pode enviar a pessoa diretamente para a categoria lentes polarizadas, mesmo que sua URL final original fosse a home de produtos.
No Search tradicional, isso exigiria um trabalho diário de mineração de termos, testes de criativos, agrupamento manual e ajuste de URLs. No AI Max, isso acontece em frações de segundo.
O grande ganho é eficiência, mas também é onde surgem muitos dos desafios que veremos adiante.
O Google Ads AI Max não é apenas um conjunto de automações: ele é uma infraestrutura de inteligência aplicada sobre campanhas de pesquisa, desenhada para ler sinais, ampliar alcance e personalizar criativos.
Os três recursos centrais, correspondência avançada, personalização dinâmica e expansão de URL, trabalham de forma integrada, influenciando diretamente o custo, o desempenho e a precisão das campanhas.
A correspondência avançada é o coração do AI Max. Em vez de limitar sua campanha a termos exatos, o sistema usa modelos de linguagem para expandir a segmentação e interpretar consultas que representem a mesma intenção da busca original, mesmo que a frase seja totalmente diferente.
O que muda na prática:
Exemplo: se a palavra-chave é “advogado trabalhista”, o AI Max pode acionar termos como:
Sem esse recurso, todas essas consultas ficariam de fora, e você perderia tráfego qualificado. Mas aqui surge também um ponto de atenção: a expansão pode atingir buscas irrelevantes se o setup estiver fraco, o que exige supervisão humana e boas listas negativas estruturadas desde o início.
Outro pilar do AI Max é a personalização dinâmica: a IA monta, testa e ajusta anúncios automaticamente com base na intenção detectada.
Como isso funciona:
Isso permite gerar mensagens muito mais adaptadas ao que o usuário procura, sem exigir que o analista escreva dezenas de anúncios manualmente.
Se a busca for “comprar tênis para corrida de rua”, o AI Max pode escolher títulos como:
Para “tênis para academia feminino”, a IA pode montar algo completamente diferente.
Quando funciona bem, o resultado é um aumento real de CTR e conversões. Quando funciona mal, criativos sem estratégia podem gerar mensagens inconsistentes ou desalinhadas com sua marca, por isso é essencial fornecer ativos de alta qualidade à IA.
A expansão de URL é um dos recursos mais poderosos e um dos mais delicados. Em vez de enviar o usuário para a URL final padrão definida na campanha, o AI Max escolhe qual página do seu site mais responde à intenção da busca.
Ele analisa a hierarquia e estrutura do seu site; a relevância temática da página; a probabilidade de conversão e o histórico de engajamento em cada URL.
Quando a expansão de URL final (FUE) é bem aplicada, ela reduz etapas, melhora a experiência de navegação e aumenta as conversões, especialmente em e-commerces, onde cada categoria tem produtos com linguagens e propostas diferentes.
Imagine que o usuário busca “cadeira ergonômica para home office”. Você definirá como URL final a página “/escritorio”, mas o AI Max poderá enviar o usuário para: /cadeiras-ergonomicas/home-office — a página com maior probabilidade de conversão.
Mas aqui mora um risco real: se sua arquitetura estiver confusa ou suas páginas forem fracas, a IA pode enviar usuários para URLs com baixa performance, gerando tráfego improdutivo ou custo excessivo.
Por isso, a expansão só funciona bem quando existe:
O AI Max não muda apenas como as campanhas são executadas, ele altera a lógica fundamental de planejamento, mensuração e otimização. Se antes o analista construía a performance principalmente por meio de listas de palavras-chave, segmentações e testes manuais, agora a IA assume parte das decisões, e isso gera ganhos reais, mas também responsabilidades novas.
Abaixo, entenda os impactos mais importantes e como eles se manifestam no dia a dia das operações de mídia:
Estudos apresentados pelo Google mostram que o AI Max pode gerar, em média, 14% mais conversões mantendo o mesmo CPA/ROAS. Para contas muito dependentes de correspondência de frase/exata, o ganho pode chegar a 27%.
Isso acontece porque a IA encontra consultas que não estavam em nenhuma keyword; expande o alcance para variações contextuais e conversacionais; personaliza criativos automaticamente com base na intenção real e escolhe a URL mais apropriada para cada busca.
O lado B: algumas análises independentes indicam que parte dessas conversões seria capturada por campanhas tradicionais, o que levanta a discussão sobre incrementalidade real. Há relatos de aumento de CPA em nichos competitivos e de maior volatilidade no custo quando a expansão é muito agressiva.
Um dos impactos mais claros é que o AI Max amplia a capacidade de capturar buscas que expressam intenção, mas não aparecem nas palavras-chave tradicionais.
Exemplo: Se a palavra-chave tradicional é “curso de inglês online”. O AI Max pode identificar consultas como:
Sem a IA, essas buscas ficariam dispersas. Com a IA, elas entram automaticamente no inventário do anunciante, desde que haja conteúdo relevante na landing page e nas peças.
Isso muda a estratégia de pesquisa: deixa de ser apenas “comprar keywords” e passa a ser “influenciar intenções e ser relevante para elas”.
Com a personalização dinâmica de criativos, muitos anunciantes veem aumento no CTR. Por outro lado, como a expansão pode atingir buscas mais amplas, o CTR também pode oscilar mais.
Outro ponto importante: o AI Max opera em uma SERP que está ficando mais multimodal e mais tomada por IA (AI Overviews, carrosséis, blocos de respostas). Isso altera o comportamento do usuário e, consequentemente, altera o papel do CTR como indicador isolado.
O foco volta para o que realmente importa: qualidade do tráfego e efeito nas conversões.
O AI Max acelera uma mudança que já vinha acontecendo: a estratégia deixa de ser sobre mapear palavras, e passa a ser sobre mapear intenções e temas.
Isso influencia a construção de clusters semânticos no site, a escolha de landing pages, a criação de criativos mais contextuais e até a organização dos grupos de anúncios.
O Google deixa claro que o AI Max funciona melhor em contas com boa estrutura de conteúdo, clareza de proposta de valor e diversidade de ativos.
Em outras palavras: quanto mais dados você dá para a IA trabalhar, melhor ela performa.
O AI Max reduz trabalho manual de:
Mas isso não significa menos trabalho, significa outro tipo de trabalho. Agora, o analista passa a atuar como:
O valor está em guiar a IA, não substituí-la.
Embora o AI Max represente um avanço significativo na forma como campanhas de pesquisa são otimizadas, ele também traz um conjunto de desafios que exigem maturidade analítica e vigilância constante.
A automação amplia o alcance e potencializa resultados, mas qualquer sistema que toma decisões em tempo real precisa de limites, curadoria e inteligência humana para não comprometer eficiência e rentabilidade.
Por isso, antes de ativar o recurso, é fundamental entender onde o AI Max brilha e onde ele pode escorregar:
O primeiro desafio diz respeito ao nível de controle. Diferentemente das campanhas tradicionais, em que o anunciante define explicitamente cada palavra-chave acionadora, o AI Max opera com um modelo expansivo de intenção.
Isso significa que o algoritmo pode disparar anúncios para buscas que não estavam previstas na estrutura original da conta. A expansão pode ser positiva quando encontra boas oportunidades de mercado, mas também pode gerar correspondências improváveis, como termos vagos, irrelevantes ou até consultas relacionadas a concorrentes, elevando o CPC e deteriorando o CPA.
Em testes independentes, algumas contas chegaram a registrar até 15% de desperdício devido ao que especialistas chamam de “correspondência ampla esteroidal”. Para muitos anunciantes, isso rompe uma sensação de previsibilidade e exige uma rotina mais cuidadosa de exclusões e monitoramento do Search Terms Report.
Outro ponto sensível é a criação automática de criativos, que pode ser um recurso poderoso, mas também arriscado quando aplicado sem estratégia.
A IA combina títulos, descrições e elementos da landing page para gerar novas variações de anúncios, algo valioso para testes A/B rápidos, mas perigoso quando a marca exige consistência, governança e linguagem bem definida.
Em alguns casos, as combinações automáticas podem criar mensagens genéricas, desalinhadas ou simplesmente pouco eficientes em conversão. Isso obriga o anunciante a assumir um papel mais rigoroso de curador de ativos, revisando constantemente o que está sendo veiculado e garantindo que a identidade da marca não se perca no processo.
Há também o risco da dependência excessiva do algoritmo. O AI Max responde extremamente bem quando alimentado com sinais de qualidade: boa landing page, rastreamento correto de conversões, criativos variados e parâmetros limpos.
Mas, quando a conta apresenta problemas estruturais, a IA tende a amplificar esses erros, não a corrigi-los. Uma página lenta, mal estruturada ou com mensagens confusas pode comprometer a performance inteira da campanha, e muitas vezes o anunciante interpreta o problema como “ineficiência do AI Max”, quando na verdade o gargalo está nos dados de entrada.
O AI Max é poderoso, mas só é tão bom quanto o material que recebe.
A análise de resultados também ganha novos desafios. Por mais que o Google prometa transparência e realmente entregue mais visibilidade do que no Performance Max, certos dados continuam agregados ou simplificados.
Isso dificulta a avaliação da incrementalidade e da real contribuição do AI Max para a performance total. Há casos em que a IA atribui conversões que teriam acontecido de qualquer forma pelas palavras-chave tradicionais, mascarando o impacto real do recurso. Interpretar relatórios passa a exigir mais leitura crítica, comparação entre cenários e uso de testes controlados.
Por fim, existe a necessidade de blindar o orçamento contra o chamado “vazamento de gastos”. Alguns anunciantes relataram que parte do investimento de pesquisa foi consumida por inventários que, embora relacionados, não estavam no plano original, como resultados em redes parceiras.
Não é um problema universal, mas reforça a importância de acompanhar de perto onde o dinheiro está sendo alocado e ajustar direcionamentos conforme necessário.
No geral, o AI Max é uma evolução importante. Mas, como toda automação sofisticada, ele exige disciplina. Não funciona no piloto automático, não substitui estratégia e não resolve problemas de base.
O AI Max marca uma nova fase das campanhas de pesquisa: mais automatizada, mais expansiva e muito mais dependente de sinais de qualidade. Mas essa tecnologia não funciona no vazio.
Sem direção estratégica, ela amplia ruído antes de ampliar o resultado. Sem dados confiáveis, toma decisões rápidas, porém equivocadas. E sem monitoramento atento, transforma “oportunidade” em desperdício de verba.
É justamente nesse ponto que a i-Cherry se torna decisiva. Nosso papel é garantir que a IA opere com inteligência e não com improviso. Ajudamos sua empresa a estruturar páginas que a IA compreende, criativos que fazem sentido para o algoritmo e métricas que realmente refletem o valor do negócio. Quer entender como o AI Max pode trabalhar a favor da sua performance de verdade? Fale com a i-Cherry e comece sua virada estratégica.